quarta-feira, 28 de março de 2012

Deriva

O conceito de deriva está ligado indissoluvelmente ao reconhecimento de efeitos da natureza psicogeográfica, e à afirmação de um comportamento lúdico-construtivo, o que se opõe em todos os aspectos às noções clássicas de viagem e passeio.
Uma ou várias pessoas que se lançam à deriva renunciam, durante um tempo mais ou menos longo, os motivos para deslocar-se ou atuar normalmente em suas relações, trabalhos e entretenimentos próprios de si, para deixar-se levar pelas solicitações do terreno e os encontros que a ele corresponde. A parte aleatória é menos determinante do que se crê: no ponto de vista da deriva, existe um relevo psicogeográfico nas cidades, com correntes constantes, pontos fixos e multidões que fazem de difícil acesso à saída de certas zonas.
É sempre interessante construir um mapa do percurso traçado, esse mapa deve acompanhar anotações que irão indicar quais as motivações que construiu determinado traçado. É pensar por que motivo dobramos à direita e não seguimos retos, por que paramos em tal praça e não em outra, quais as condições que nos levaram a descansar na margem esquerda e não na direita... Em fim, pensar que determinadas zonas psíquicas nos conduzem e nos trazem sentimentos agradáveis ou não.
Apesar de ser inúmeros os procedimentos de deriva, ela tem um fim único, transformar o urbanismo, a arquitetura e a cidade. Construir um espaço onde todos serão agentes construtores e a cidade será um total.
Essas idéias, formuladas pela Internacional Situacionista entre as décadas de 1950 e 1970, levam em conta que o meio urbano em que vivemos é um potencializador da situação de exploração vivida. Sendo assim torna-se necessário inverter esta perspectiva, tornando a cidade um espaço para a libertação do ser humano.
A deriva tem Guy Debord como um dos seus maiores entusiastas e estudiosos. Este autor formulou o início da Teoria da Deriva em 1958 e publicou na então Revista Internacional Situacionista.

fonte: AGBTeoria da Deriva

Flash Mob



Flash Mobs são aglomerações instantâneas de pessoas em um local público para realizar determinada ação inusitada previamente combinada, estas se dispersando tão rapidamente quanto se reuniram. A expressão geralmente se aplica a reuniões organizadas através de e-mails ou meios de comunicação social.
O primeiro flash mob foi organizado via e-mail (com o endereço themobproject@yahoo.com, criado para este fim), pelo jornalista Bill Wasik, em Manhattan. Mandando o e-mail para 40 ou 50 amigos (de maneira que eles não soubessem que o evento fora planejado pelo próprio jornalista), Bill convidou as pessoas a aparecerem em frente à loja de acessórios femininos Claire’s Acessories. Segundo ele, "A ideia era de que as próprias pessoas se tornassem o show e que, apenas respondendo a este e-mail aleatório, essas pessoas criassem algo" em um mob anônimo e sem liderança.
No entanto, a loja foi avisada antes do acontecimento e a polícia foi acionada, evitando que as pessoas ficassem na frente da loja, frustrando os planos do primeiro mob.
O segundo mob aconteceu em 3 de junho de 2003, na loja de departamentos Macy's. Wasik e amigos distribuíram flyers para pessoas que passavam nas ruas, indicando quatro bares em Manhattan, onde elas receberam instruções adicionais sobre o caráter e o lugar do evento, minutos antes do seu início – para evitar o mesmo problema que ocorreu com o primeiro.
Mais de 100 pessoas juntaram-se no 9.º andar de tapetes da loja, reunindo-se em volta de um tapete caro. A quem se aproximasse de um vendedor foi dito que as pessoas reunidas no andar viviam juntas num depósito nos arredores de Nova Iorque, que estavam procurando por um “tapete do amor” e que todos faziam suas decisões de compra em grupo.

fonte: Wikipedia

Flâneur

"Flâneur é um observador que caminha tranqüilamente pelas ruas, apreendendo cada detalhe, sem ser notado, sem se inserir na paisagem, que busca uma nova percepção da cidade. E para situar a curiosa figura do flâneur no tempo, é preciso entendê-lo, antes de tudo, como uma figura nascida na modernidade. Ele apareceu como o contraponto do burguês, que dedicava grande parte do seu tempo ao mundo dos negócios. A flânerie conseguiu solidificar-se como a experiência própria daquele que gostava de perambular pelas ruas pelo simples prazer de observar ao seu redor; que não devia satisfações ao tempo e tinha a rua como matéria-prima e fonte de inspiração.

O flâneur é um ponto de tensões e contradições que divide a opinião daqueles que o estudam nos dias atuais. Alguns estudiosos falam que a flânerie contemporânea passou para os shopping centers, com a
movimentação diária de pessoas que não necessariamente vão ao local para consumir, mas também para “verem e serem vistas”. Agora, o flâneur contracena com cidadãos consumidores, num cenário de réplicas, ilusões. Por que não flanar pela Internet? Ou mesmo perambular de madrugada pelas ruas procurando amelhor opção de diversão disponível? Teria o flâneur do século XXI se transformado num adepto do automóvel e do micro computador?"

fonte: "o novo flâneur"

Horton Plaza - Jon Jerde

Arquitetura e Urbanismo

O conceito de flâneur também se tornou significativo na arquitetura e planejamento urbano pois descreve aqueles que estão indiretamente e involuntariamente afetados por um projeto particular que experimentam apenas de passagem. Walter Benjamin adotou o conceito do observador tanto como uma ferramenta analítica quanto como um estilo de vida . De seu ponto de vista marxista, Benjamin descreve o flâneur como um produto da vida moderna e da Revolução Industrial, sem precedentes, um paralelo com o advento do turista . Seu flâneur é um descompromissado, mas altamente perceptivo, burguês diletante (amante, apreciador) . Benjamin tornou-se seu próprio exemplo privilegiado, fazendo observações sociais e estéticas durante longas caminhadas através de Paris.

No contexto do planejamento moderno e arquitetura urbana, projetar para flâneurs é uma maneira de abordar as questões dos aspectos psicológicos do ambiente construído. O arquiteto Jon Jerde , por exemplo, projetou sua Horton Plaza e Universal CityWalk projetos em torno da idéia de proporcionar surpresas, distrações e seqüências de eventos para os pedestres.


fonte: Flâneur



Parkour





"Parkour é uma arte do deslocamento. É utilizar uma série de habilidades do corpo humano em conjunto para dominar o ambiente em sua totalidade, de forma a conseguir se movimentar passando por obstáculos no seu caminho. Isso se traduz em treinamento de habilidades como escaladas, pulos, equilíbrio, corrida em infinitas possibilidades de combinações utilizando apenas o corpo como ferramenta, e sempre visando a preservação da integridade física em primeiro lugar."
fonte: tudo sobre parkour. 

A cidade de São Paulo sob o olhar do Parkour:

SAMPARKOUR from Wiland Pinsdorf on Vimeo.


Ryan Doyle, um dos mais notados traceurs do mundo, na Turquia:











domingo, 25 de março de 2012

Referência.


Nearness from Timo on Vimeo.
E também: http://www.nomads.usp.br/virus/virus02/artigos_nomads/nojimoto.php Discussão de conceitos.

sábado, 10 de março de 2012

Estudo de Imagem: Laura

Uma foto bem espontânea que a gente tirou ao testar os efeitos proporcionados pelo Photobooth.
 

Achei a foto muito divertida, e com potencial de edição. Selecionei a imagem de baixo da direita e, no iPhoto mesmo a cortei. Passei para o Photoshop onde, além de mudar o contraste e o balanço de modo a deixar a foto levemente superexposta, coloquei um filtro amarelo para explodir um pouco todas as cores.


Testei alguns outros filtros mas o amarelo foi o que preferi. Por fim borrei o fundo da foto para um efeito de movimento.

Resultado.
Paula.